quarta-feira, 28 de julho de 2010

Minha Valentine

Era uma vez Valentine,que todos chamavam de Valentina e ela como menina metida ,odiava.
Tinha muitos problemas essa garota,era presa ao passado,tinha depressão,anorexia e auto mutilação,era infeliz,mas tinha tudo,amigos,dinheiro necessário,pessoas que queriam ama-la, mas Valentine as despedaçava,uma de cada vez,membro por membro, com o prazer em se sentir má e depois se punir por isso.
Valentine aparentava ter uma fortaleza imensa,parecia alguém seguro,alguém que chamava atenção onde quer que fosse,porem ela não via isso, sempre buscava mais e mais, buscava a perfeição ,era seu maior desejo.
Quando Valentine se apaixonava ela fugia, e depois destruía qualquer vestígio de seus sentimentos, nem que fosse destruindo tal pessoa, o seu próprio bem importava mais, era egoísta, histérica.
Mas todas as noites de pesadelos desesperados,ela procurava a morte,desejava a morte, seu mundo tão ok e ao mesmo tempo tão doloroso a matava por dentro e assim ela pensava que a morte por fora seria o melhor a lhe acontecer,mas não cometeria suicídio,como sua mãe, esperaria por ela,desejaria ela e continuaria calada,sorridente,misteriosa,hipócrita.
Mas enquanto misturava seus antidepressivos com grandes quantidades de álcool sempre via a possibilidade do fim chegar,aquilo lhe trazia certa paz e certo desespero, o alcoolismo estava ali,já que as drogas só passaram ocasionalmente sem muita importância,a bebida estava lá,protegendo,camuflando e lhe fazendo esboçar sorrisos mentirosos e relaxantes,um dia Valentine pode realmente passar da dose e causar sua própria morte,será o dia que sua depressão bater mais forte e ela se matará fingindo que não foi proposital,eu como espectadora apaixonada,espero que Valentine vença,mas vendo a dor de Valentine,é impossível não entender seu desespero,espero que ela sobreviva e um dia conte para Nextel sua historia,porem enquanto esse momento turvo continua,lá vou eu resgatar Valentine, que não existe em carne e osso,só como pseudo alguém.

domingo, 18 de julho de 2010

Cores

Com tanta eloquência em mim,me faltam palavras.Sabe aquelas que parecem querer sair, eu até abro a boca,mas minha voz seca e a construção da frase fica assim perdida,sem nexo,mesmo que na minha mente faça todo o sentido.
É que quando eu te olho,séria, me concentrando para continuar a te mirar e não me encabular com o seu sorriso doce,que os pensamentos vooam longe e flutuam sobre nós.
Mesmo assim do jeito que eu sou medrosa e protetora de mim mesma,sinto paz quando fecho os olhos e vejo seu rosto, ou sinto seu cheiro em minhas roupas amarrotadas de prazer ou felicidade.
E é esse sentimento tão levinho que possuímos,único do jeito que é e que somos,que me causa medo,porque por mais parecidas que podemos ser, ao meus olhos vejo diferenças tão aparentes...
...E suspirando assim de leve e me surpreendendo,vendo cores e sabores que nunca tinha visto ou simplesmente parado para analisar,querer saber da existência,que me protejo de qualquer dor,mesmo querendo me deixar perder nos seu braços ou simplesmente em você,que brilha liberdade.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Inflamação

A lamina que corta a carne,inflama e machuca a alma,já dolorida,que habito em um corpo com cicratizes e debilidades por maus tratos.Mas mesmo com exímios ouvidos é sempre mais difícil ouvir a voz que tenta te salvar da escuridão,enquanto a que te arrasta com culpa grita claramente o teu nome e seus pecados e por mais que você tenha esperança de que o mal dentro de você não seja maior que o bem que em ti também habita,como ousa avisar os que se aproximam do seu sorriso,há sempre uma voz te fazendo ver que estava certa e que por mais inconsciente que seja,o seu mau e sua podridão controlam seus atos e faz desabar o universo a sua volta,fazendo a lamina cortar a carne e inflamar a alma.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Depressão:

As varias definições no dicionário,ou mesmo de médicos especializados,não podem definir como alguém que passa se sente,dizem que é uma disfunção química do cérebro,mas se realmente for isso,a burrice humana realmente me surpreende.
Não há idade para tal desgosto pela vida e dificuldade de seguir em frente,mas admito que me assusto com a precocidade existente.Minha cruel sinceridade,não acredita em uma cura total,ela sempre vai estar lá,dentro de você,como um câncer que pode voltar a qualquer momento.
Hoje em dia a aceitação de tal doença é maior e pessoas buscam a cura,mesmo com crescente aumento percentual de afetados na população,mas o incrível de se medicar é saber que sua vida está verdadeiramente em suas mãos,pois se a busca desesperada pela cura for abatida por vozes em seu travesseiro e imagens que nem você mesmo imaginava sonhar, te assombrando noite adentro,você pensa que uma super dose de algo que deveria te ajudar pode te acalmar,porém há também o risco de obter a calma eterna e acabar seu sofrimento,causando o sofrimento também eterno de quem você daria a vida para salvar.
Por isso rezo para um Deus,que nunca vi,para que me salve de mim mesmo,pois mesmo com todo apoio do mundo ao meu redor,é só comigo que eu posso contar.

(a maior verdade vergonhosa que já compartilhei)
Obs: não se preocupe,eu estou bem,só precisava esporrar em meu diário virtual.